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Os preços do petróleo dispararam em 2021 e ao que tudo indica, este movimento continuará ao longo de 2022. No último dia 4 de fevereiro o barril do brent atingiu o pico de US$ 93,27, o maior valor desde setembro de 2014, período em que o petróleo iniciou trajetória abaixo da marca de US$ 100. Em 2021, o brent encerrou o ano cotado a US$ 79,2, sendo que seu preço médio ao longo dos 12 meses foi de US$ 71,6, o que significa que atingiu patamar 72,1% superior ao registrado em 2020. Entre as razões para a disparada dos preços estão a retomada da atividade global, puxada principalmente pela demanda chinesa e dos EUA, além da geopolítica europeia.

Recentemente, o evento político-militar que vem ampliando as tensões na Europa e, portanto, afetando preços de petróleo e gás natural, é a disputa entre russos e membros da UE e EUA acerca da entrada da Ucrânia na OTAN, aliança militar constituída logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Vladimir Putin se opõe à entrada do país vizinho em uma aliança potencialmente enfraquecedora da Rússia, o que tem elevado os ânimos na região. Como consequência, os preços do barril de petróleo e do gás natural têm se elevado, pois a Rússia, além de segunda maior produtora de petróleo fora da Opep (atrás dos EUA), fornece cerca de 40% do gás natural da Europa, essencial à indústria da UE, além de decisiva para calefação em uma região de inversos rigorosos. 

Em complemento, a principal passagem do gás natural para o restante do continente fica exatamente na Ucrânia, o que reforça a pressão russa por manter sua influência sobre aquele país. De modo geral, os preços devem continuar se elevando, com perspectiva de recordes sejam atingidos nas próximas semanas, o que é positivo do ponto de vista da performance das empresas. Por outro lado, é preciso cautela, pois desequilíbrios geopolíticos podem transformar o desempenho positivo em receio por parte dos investidores.

Especialista do Setor Marcos Henrique