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BLOG LAFIS

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  • Autor
    Lafis
  • Ano
    2020
  • Categoria
  • Analista Responsável
    Alexandre Favaro Lucchesi
As medidas de isolamento social, que visam barrar o avanço do Covid-19 no País e levaram ao fechamento de serviços e comércios presenciais e não essenciais em diversas regiões, vem impactando diretamente as vendas do varejo nacional. De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado, o faturamento nominal do setor recuou 29,7% entre os dias 1º de março deste ano, início da crise sanitária no Brasil, e 30 de maio, quarentena em vigor, em comparação com o período imediatamente anterior.

Tendo em vista a íntima relação entre o varejo físico nacional e o setor de meios de pagamento, já que a grande maioria dos estabelecimentos possuem as chamadas “maquininhas” para atender seus clientes, a queda nas vendas do comércio afetará diretamente a contratação e manutenção destes serviços de pagamentos eletrônicos nos meses de isolamento social.

Em meio a este cenário, empresas do setor de credenciamento de cartões afirmam que estão com dificuldades para captar recursos e oferecê-los como antecipação de recebíveis ou na forma de crédito para os clientes. Mesmo quando encontram financiamento, o custo está mais elevado devido à maior aversão ao risco desta conjuntura por parte dos investidores e bancos. A parcela de clientes mais prejudicada é formada principalmente por micro, pequenos e médios empreendedores, que vem sendo fortemente afetados pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus na economia devido à sua menor capacidade financeira de manter-se por um período de vendas tão baixas.

Desta forma, o setor segue em alerta sobre o risco de aumento ainda maior da inadimplência dos portfólios de crédito, como já se verificou no primeiro trimestre e que absorve apenas os primeiros dias de isolamento social, a partir da segunda quinzena de março. Com isso, a expectativa é de restrição na oferta de crédito por antecipação de recebíveis, que em abril já recuou 61,6% na comparação com o mês anterior, segundo dados do Banco Central, alcançando R$ 11,9 bilhões, o menor patamar desde maio de 2018. Já os empréstimos com descontos de duplicatas tiveram queda de 44,1%, para R$ 25,1 bilhões.

Por fim, a Lafis espera que, mesmo após o fim do isolamento, o consumo das famílias continuará fraco, seja pela manutenção natural do distanciamento (pessoas receosas em retomar sua rotina), seja pelo aumento do desemprego e queda na renda. Com isso, as fontes de receita das empresas do setor serão negativamente afetadas até o final deste cenário, com queda tanto na antecipação de recebíveis quanto nas taxas pagas a cada transação e na receita com aluguel e venda de aparelhos.

Especialista do Setor Fernanda Rodrigues